domingo, 25 de agosto de 2013

Programa Mais Ovinos no Campo eleva o rebanho em 350 mil cabeças no Rio Grande do Sul

Programa Mais Ovinos no Campo eleva o rebanho em 350 mil cabeças no Rio Grande do Sul

Meta é retomar o crescimento da ovinocultura no Estado, atuando em duas frentes específicas: auxílio na aquisição e retenção de matrizes


Magnus Rosendahl/Sxc.Hu
Desde a implantação, a redução de abates de fêmeas foi significativa
O rebanho gaúcho contou com incremento de 350.524 mil cabeças desde a implantação do programa Mais Ovinos no Campo, pelo Governo do Estado. Os números foram relatados neste domingo, dia 25, pelo superintendente da Unidade de Negócios Rurais do Banrisul, Carlos Roberto Barbieri. A instituição atua em parceria com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa) na gestão da iniciativa.
Barbieri apresentou um balanço atualizado do programa que, até o momento, já registrou 2.531 operações. Implantada em 2010, com a meta de retomar o crescimento da ovinocultura no Rio Grande do Sul, a iniciativa atua em duas frentes específicas: auxílio na aquisição e retenção de matrizes.
– Acredito que este programa tenha obtido o maior sucesso dentre todos existentes no atendimento de um setor. Nunca vi uma incidência tão consistente na produtividade. O Banrisul tem dotação para investir R$ 100 milhões até o final de 2014. Por enquanto, foram mais de R$ 61 milhões aplicados – enumera Barbieri.
Na aquisição, o valor aplicado superou a marca de R$ 34 milhões e, na retenção de matrizes, ultrapassou R$ 27 milhões.
Para tentar explicar o sucesso alcançado, o superintendente argumenta que o fato se deve, exatamente, em vista do funcionamento do programa.
– Primeiro, porque garante a compra de matrizes. Ou seja, foca no aumento da produção. Segundo, porque evita o abate destas fêmeas que, antigamente, eram realizadas para gerar renda. Agora, o produtor pode investir na produção e comercializar, mantendo as matrizes – explica.
Resultados
Desde a implantação, a redução de abates de fêmeas foi significativa. Um estudo realizado sobre o tema apontou 210.997 abates em 2010, 136.180 em 2011, e 92.538 no ano passado. Como resultado, o número de cabeças no Estado passou de 3,73 milhões para mais de R$ 4 milhões, uma elevação aproximada de 10%.
Luiz Fernando Mainardi, secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Estado, comemora os resultados obtidos pelo primeiro programa lançado no governo Tarso Genro. Segundo ele, depois desta ação, outras iniciativas foram tomadas com foco no fortalecimento da ovinocultura gaúcha.
 – É necessário retomar a atividade que tem, além da importância econômica, um grande valor social – opinou o secretário.
Entre as medidas tomadas, Mainardi destaca as parcerias com a Associação Brasileira de Criadores de Ovino (Arco) e com o Programa Juntos para Competir, que viabilizam projetos que capacitam produtores, fornecem ferramentas para melhorar o negócio e potencializam a retomada do segmento.
Prazos e juros
Para a retenção, através do Banrisul, o produtor viabiliza crédito com prazo de três anos para pagamento, mais um de carência, com juros de 2% ao ano para os enquadrados no Programa Estadual de Desenvolvimento da Pecuária Familiar e de 5,50% ao ano para os demais. Em contrapartida, alcança a elevação e, cerca de 20% no encarneiramento de matrizes no segundo ano da operação e pode vender a produção para frigoríficos com inspeção oficial.
Para viabilizar a aquisição, as vantagens são ainda maiores. O prazo de quitação é de cinco anos com dois de carência, e juros que variam de 1% a 2% para pronafianos, 4,5% aos pronapianos, e 5,50% aos demais.
EXPOINTE
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