quarta-feira, 4 de setembro de 2013

La Invernada Hornero

80 Anos ABCCC: Inquietação, movimento, revolução

ABCCC - 80 Anos

Era um tempo de inquietação. Esse cavalo que ganhava forma - ora pesado e linfático, ora ágil e de sangue quente - ainda precisava se unir num único tipo, ou melhor, aliar um cavalo bom para olhar mas também bom para montar.
Falava-se timidamente ainda num cavalo mais revuelto, pródigo nos apartes, que pechava boi en los corrales ao pé da cordilheira para apartá-los. Os reprodutores chilenos começam a chegar na década de 70. La Invernada El Buitre, La Invernada Aniversário, Tren Tren Arrebol, La Invernada Hornero, Pozo Azul Chacao - e a eles virá se somar, um tempo depois, Santa Elba Señuelo. Enquanto esses cavalos chegavam, alguns homens remexiam conceitos na várzea das ideias.
 
La Invernada Hornero
Na famosa academia das coxilhas, um grupo de Jaguarão começou a levar pra pista provas campeiras, tendo como molde as provas de redomão de 21 dias. Em 1978, fazem a primeira exposição funcional. Chamam para jurado Flavio Bastos Tellechea (que depois, junto com o irmão, Roberto Bastos Tellechea, daria nome à prova do Freio de Ouro). 

Era uma escaramuça de cavalos e opiniões. A discussão é numa espécie de assembléia a céu aberto no Parque de Jaguarão, chamada "Rincão da Égua". Em Porto Alegre, capital do Estado, surge um palco também maior, em Esteio, na Expointer. Entre campereadas, palcos e provas, quase intuitivamente, esporeava a vontade de ver um cavalo bonito e bueno. Em Jaguarão, pulsava o coração de um movimento. E foi chegando gente de Uruguaiana, Bagé, Pelotas e outros pagos. O que era inquietação virou a base de uma revolução: estava se gestando o embrião do Freio de Ouro. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário