domingo, 7 de julho de 2013

A Batalha de Porongos:

A Batalha de Porongos:

Em novembro de 1844, as lideranças farroupilhas e imperiais já costuravam o fim da guerra, favorável ao Império, mantendo o Rio Grande do Sul como província. Mas havia um ponto em particular que estava atrasando o acordo: a libertação dos escravos que lutaram ao lado dos farroupilhas.
lanceiros
O Império não aceitava a libertação destes escravos, pois temia que este fato desencadeassemovimentos abolicionistas Brasil afora. E algumas lideranças farroupilhas preferiam a libertação dos escravos, colocando inclusive como uma das exigências para o fim da revolta. O impasse teria sido resolvido na Batalha de Porongos, quando soldados do exército imperial, liderados por Francisco Abreu, o Moringue, e autorizados pelo Barão de Caxias, atacaram de surpresa os farroupilhas que estavam aguardando ordens acampados na curva do arroio Porongos, que fica no município de Pinheiro Machado.
Além dos farroupilhas “normais” – que faziam parte de outros destacamentos do exército farroupilha -, no grupo estavam cerca de 100 lanceiros negros que estariam desarmados e foram dizimados pelos imperiais. Os poucos que restaram vivos foram vendidos no Rio de Janeiro.
Quanto às controvérsias a este fato, dizem que David Canabarro – um dos líderes farroupilhas – desarmou os lanceiros e piorou a situação de defesa do grupo. Mas este fato não tem uma confirmação histórica, portanto nós aqui não podemos afirmar que Canabarro fez qualquer acordo com os imperiais para que ocorresse o massacre.
O que sabemos é que depois de Porongos o grupo dos lanceiros negros deixou de ser um “atraso” nas conversas diplomáticas, e em fevereiro de 1845 o acordo pondo fim às disputas foi definitivamente costurado entre as partes e o Rio Grande do Sul deixou de ser considerado uma “província revoltosa”.
À custa dos bravos lanceiros negros…

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